segunda-feira, 29 de junho de 2009

Deixar-te cair

Um novo poema meu:


Deixar-te cair.
Deixar-te cair
Para que renasças
Em ti,
E só para ti.

Afastar-me do teu caminho
Tirar os dedos que te tapavam a boca
Com mel e escuridão,
Para que respires
E que no teu respirar
Encontre restos do que foi o meu.

A tua paz será sempre a minha paz.

O teu viver iluminará
Um mundo melhor que o meu
Sei que sou apenas o que de mortal
tem a sombra
Que teu sol projecta.
Nascerás sempre
Mesmo que não seja para mim.

terça-feira, 16 de junho de 2009

triangular

A Casa Pessoa foi um sucesso. Sucesso porque foi sobretudo uma tarde agradável em que se falou de tudo, até do meu casaco, mas sempre a partir dos livros. A título de curiosidade aui ficam os títulos das obras que escolhi:

World Without Us (Alan Weissman, Picador)- não-ficção. um livro sobre o que acontece à Terra e aos vestigios humanos na eventualidade do desaparecimento da raça humana.

Antologia Poética, Justo Jorge Padrón (Teorema, presumo...)- o meu poeta preferido de todos os tempos.

Zorba, o Grego. Nikos Kazantsakis (Ulisseia)- curiosamente intitulada em Portugal O Bom Demónio. a melhor história e a personagem homem mais verdadeira da história da Literatura, esqueçam o dorian gray lol

Levei três livros como se fosse para a estrada, levo sempre uma biografia/não ficção, poesia e romance.

Por fim o livro que ando verdadeiramente a ler (ainda): Perdido de volta, Miguel Gullander. Veneno e dinamite. Um dos melhores livros que já li ou ando a ler.

Outras coisas:

Como já disse por diversas vezes que ainda estou na ressaca da poesia dos Diálogos... Tenho andado afstado dela. Concentro-me com entusiasmo nas novas letras de Moonspell e num projecto de conto de ficção a convite da Gailivro que sairá no fim do ano e que melhor conta vos darei entretanto.

Mas leio muita e escrevo alguma. Eis uma gota nova:

Porque desafiar-te, se és superior?
Porque negar-te, se existes dentro de mim?
Porque ousar ser como tu, se me sobreviverás?
Porque temer-te se és minha semente?

És o que vale a pena.


Um abraço cheio de palavras!