quinta-feira, 30 de abril de 2009

Qualquer sitio serve

Acordo de dezassete horas de paz para o barulho de tijolos secos do dia.
Fecho os olhos na esperança de mais dezassete horas de ti. Mas não consigo. E saio lá para fora na atenção do que se pode atravessar no meu caminho.
Para além da igreja abandonada por espíritos e corpos que rasga a noite dos céus como um espigão assassino, para além do barracão ocupado por momentos de som esquecidos nos ouvidos, para além de tentar e da desilusão do miúdo que agora tem músculos e voz de homem; nada é o que parece mas o mais absoluto silêncio é perfeito na silhueta fechada de todas estas coisas.
Hoje passei o dia de olhos fechados a ver-te.

6 comentários:

Anônimo disse...

Gostei da tua poesia. Vou ler mais.

Anônimo disse...

não sei porque é que apareces nos meus sonhos, a última vez que te vi dentro dos meus sonhos, eras diferente do que conheço na realidade, mas lá estava a tua energia, que conheço bem embora não partilhe contigo a minha vivência

não sei porque persistes na minha memória, nem sei porque te dedicas ainda assim a escrever-me, nesse monólogo fechado em vácuo

embora não saiba nada, espero por esse dia em que saiba porque ainda estás comigo


(se ainda não-me entendeste, estas palavras são para o teu coração, exclusivamente)

pelintrophile disse...

Obrigada pela poesia, obrigada pela música, obrigada pelo aconchego de palavras.

Anônimo disse...

Você pode não ter visto-me, mas eu te vi muito claramente.

THis Me ... disse...

um bocado de sonho aqui outro acolá e os dias vão acordando para os demais que entendem as emoções.
devia haver um catálogo ikea das emoções: onde não existiriam saldos de sentimentos mas criação de momentos especiais.
ora bolas, eis o terramoto chamado feeling.
há coisas engraçadas.
gosto de ler as tuas palavras F.R.
bj

misanthropía disse...

Qualquer sitio serve para se perceber que o melhor sítio para se viver é longe da vigilância da consciência que nos torna tão existentes.