A Terra conseguiu a atenção das chuvas
O chão molhado, a silvar esta ausência de ti
Numa estação próxima, alguém corre para apanhar o tempo
Tonitruante, a utilização das linhas que te levarão
A saber colheres o insulto e fazer dele algo que possas
E devas usar
Bloqueado pela madeira da porta
Alguém abre lá fora a paisagem
De um cenário doméstico
Há um cheiro a calor
Há sangue no chão
Há um principal suspeito
De faca na mão
As chuvas acabaram por violar o teu voto de confiança
À estação ninguém chegou
Todos partiram em silêncio
A tua sombra tornou-se maior
É o Sol que nasce
Ignorante do crime
Ignorante do fim
Queimando a pele
Dizendo que sim
PS:
Dia 24 de Fevereiro estarei na Reitoria da Faculdade de Letras no âmbito da iniciativa 100 Lições a partir das 18.00. Darei informação mais detalhada do tema aqui e no facebook em breve. A entrada é livre.
Dia 25 de Fevereiro estarei no Cabaret Seixal (http://www.myspace.com/cabaretseixal/blog/541976887) e irei ler poemas do meu próximo livro de poesia Purgatorial bem como excertos de um dos contos/mitos urbanos que estou a escrever para a Gailivro e que se chama Exercício de Cidadania (sobre um serial killer que mata politicos). Mais informação no meu facebook. O bilhete custa 4€.
Gostava muito que aparecessem. Bom fim de semana!
6 comentários:
(tuas palavras me dizem o seguinte:)
na passagem do premeditado
a espera torpe do tempo
sempre um quase-algo, esperado
em slow motion
seguem os olhos
paisagem irremediável
mudança fértil,
natureza humana:
espera.
Bom fim-de-semana! :)
A tua poesia retalha muito bem a descrição de um determinado momento. :)
Em relação aos post scriptums...
De um centro é possível singrar mais caminhos do que quando se está aprisionado pela água... mas a imaginação leva a muitos outros que nem o fogo desfaz em cinzas...
Tudo de bom :)))
É sempre um prazer ler as tuas palavras...
Um abraço
É sempre um prazer ler as tuas palavras...
Um abraço
Optimos trabalhos, é uma honra divinal ler os teus poemas (:
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